quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ABONG defende modelo de desenvolvimento sustentável

Para contribuir com o debate de projetos que marca o período eleitoral, a ABONG tem procurado sistematizar suas reflexões sobre as concepções de desenvolvimento que defende desde sua fundação, há dezenove anos atrás. A ideia é formular um documento a partir das discussões feitas nas regionais e em diversas atividades, para pautar com a sociedade as questões consideradas fundamentais pelo campo ao qual pertence.

De forma geral, as organizações, redes e articulações que fazem parte do campo progressista e defensor de direitos no qual a ABONG se inscreve, têm se preocupado em discutir os impactos de um modelo de desenvolvimento extremamente agressivo ao planeta, combinado a um modelo de sociedade cada vez mais voltado para o consumo.

O Brasil se insere nesta perspectiva ao adotar uma série de opções, como o cultivo extensivo de cana-de-açúcar e outros elementos para a produção de álcool combustível em detrimento do cultivo de alimentos, e mais recentemente ao investir na extração de petróleo ao invés de apostar em práticas não agressivas de geração de energia.

A adoção de um modelo de desenvolvimento calcado na construção de grandes obras de infra-estrutura cuja relação custo benefício é terrível para as populações afetadas – caso da hidrelétrica de Belo Monte – e na comercialização em grande escalada de bens como automóveis, graças a incentivos fiscais, deixando as cidades cada vez mais impossíveis ao invés de investir em transporte público, também vai neste sentido.

Há milhares de outros exemplos para ilustrar a situação descrita, que se repete em vários países do mundo, e não só no Brasil. Podemos dizer que a humanidade, ao adotar a direção da não-sustentabilidade, tem trabalhado intensamente para tornar o planeta inabitável ao desmatar grandes florestas para transformá-las em pastagens, deslocar populações para construir grandes barragens e usinas, poluir rios e mares ao despejar esgoto e agrotóxicos etc.

Tudo isso tem contribuído para acelerar os processos de derretimento de geleiras, esgotamento de recursos naturais como a água doce, entre outros que interferem diretamente no regime de chuvas e provocam severas alterações climáticas. A intensificação dos chamados fenômenos naturais, aliada ao descaso com o planejamento urbano das cidades acaba por prejudicar a população pobre que vive em condições de mais vulnerabilidade.

Esse quadro só será revertido a partir de uma transformação estrutural do sistema capitalista, que tem na perpetuação de todos os aspectos acima colocados suas principais características. Se não formos capazes de reverter o atual processo de conversão da vida em mercadoria, condenaremos as futuras gerações a vivenciar a destruição do planeta.

São essas questões que a ABONG pretende pautar nos momentos que antecedem as eleições, chamando a atenção de candidatas e candidatos para a urgência em discutir um outro modelo de desenvolvimento. Paralelamente, a Associação participa também de uma iniciativa proposta por grupos e redes como Gife e Fundação Esquel para pautar questões relacionadas à criação de um marco regulatório para as organizações da sociedade civil junto às/aos presidenciáveis. Esta é outra questão sobre a qual a ABONG tem se debruçado e que merece a atenção de todas e todos interessadas/os no fortalecimento da sociedade civil organizada no Brasil.

sábado, 7 de agosto de 2010

DEBATE AMBIENTAL EM SINTONIA COM CAMPANHA DA FRATERNIDADE

Brasília, 06 ago (RV) - A CNBB anuncia que o Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social, em parceria com pastorais, organismos e os Regionais da CNBB prossegue seu ciclo de encontros: o próximo será nos dias 16 a 18, em Belém (PA), e tratará sobre o bioma Amazônia Oriental, englobando Amapá e Pará (Regional Norte 2).

De acordo com a coordenação, os Seminários impulsionam atividades de formação e mobilização em todo o país e contribuem no processo das ações urgentes e necessárias para evitar os efeitos das mudanças climáticas.

A coordenação do evento no Regional Norte 2 estará por conta da Cáritas, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Pastoral de Pesca (CPP), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e Movimento de Atingidos por Barragens (MAB).

A pauta prevê uma reflexão sobre o aquecimento global e as mudanças climáticas; um levantamento da atuação de povos, entidades e movimentos sociais na Amazônia e a conscientização sobre o a situação na região e no mundo inteiro; e propostas de ações concretas em perspectiva da próxima Campanha da Fraternidade, cujo tema será “Fraternidade e Vida no Planeta”.

A primeira etapa di ciclo foi em Brasília, em fins de junho, e tratou sobre o bioma Cerrado, envolvendo Tocantins, Goiás e Distrito Federal (Regional Centro-Oeste da CNBB).

O Programa Brasileiro acompanhou o evento. Entrevistamos Ivo Poletto, sociólogo e especialista na matéria, colaborador da CNBB e engajado junto a comunidades locais.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

CONVOCAÇÃO DE REUNIÃO ORDINÁRIA


O Presidente do CONSEMA no uso de suas atribuições que lhe confere o Art. 26 do regimento interno.

Convoca os membros Conselheiros Titulares e Suplentes para reunião ordinária a realizar-se no dia 10 do corrente as 18h00 no prédio do CIG - Centro, com a seguinte pauta:

a) Planejamento da Conferência Municipal de Meio Ambiente a ser realizada nos dias 21 e 22/08/2010.

b) Encaminhamento do Conselheiro Ivan Pereira

Rondon do Pará, 06 de agosto de 2010.

Itamar Silva

Presidente