segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O joio e o trigo no mundo das ONGs

As recentes notícias sobre desvios de recursos públicos envolvendo ONGs convidam a opinião pública a conhecer melhor estas organizações e suas motivações. Entre as mais de 300 mil ONGs existentes no país existem algumas que foram criadas para servir a interesses particulares e que se beneficiam da ausência de um claro marco regulatório que balize a atuação das ONGs para agirem a serviço de interesses privados. O guarda-chuva difuso do termo não-governamental abriga interesses diversos e muitas vezes contraditórios e opostos. Tudo que não é governo nem empresa pode ser uma ONG. Assim como no mundo empresarial e governamental também no mundo das ONGs existem perfis e interesses heterogêneos.

As denúncias de corrupção e malfeitos de algumas delas, no entanto, não devem ofuscar o valioso papel que a atuação de grande parte das ONGs brasileiras exerce na defesa do interesse público e da cidadania. Enquanto as denúncias de desvios no Ministério dos Esportes têm sido usadas para acusar e condenar todas as ONGs à guilhotina, o mundo das ONGs ligado a defesa da democracia, dos direitos humanos e da justiça social e ambiental está em festa, comemorando o aniversário de 50 anos da FASE – Solidariedade e Educação. Eis uma ONG que junto com centenas de outras ONGs parceiras têm construído a história da luta por políticas públicas que universalizem direitos e cidadania no país. Há anos este conjunto de organizações tem insistido na necessidade de criação de um marco regulatório para a atuação das ONGs visando a transparência e o controle público.

A FASE e seus parceiros têm orgulho de serem ONGs que ao longo das últimas décadas atuaram para fortalecer o tecido social através da formação de um sem-número de grupos de agricultura agroecológica, de mulheres, jovens, quilombolas, pescadores, agroextrativistas, grupos urbanos em defesa da moradia, saneamento ambiental, cultura e arte, democratização da informação e educação para a cidadania. Este tecido organizativo é responsável por conquistas memoráveis, como a contribuição decisiva que as ONGs deste campo deram às lutas pelo fim da ditadura e redemocratização, pelo rico processo de mobilização social que resultou na Constituição de 1988, e pelos árduos esforços até hoje em curso pela desprivatização do Estado e constituição de políticas públicas que universalizem direitos e reduzam desigualdades sociais. As experiências que estas ONGs realizam em todos os cantos do país têm servido de referência para a elaboração de programas e políticas inovadores em diversos setores, como foi o caso do Orçamento Participativo, das lutas da agricultura familiar e camponesa que deram origem ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), às lutas das populações tradicionais e organizações da Amazônia que deram origem a um novo ciclo de políticas sócio-ambientais, e às lutas pelo bem comum e em defesa de nossas florestas onde as ONGs buscam defender o Código Florestal dos ataques dos ruralistas.

Memorável também tem sido a atuação das ONGs brasileiras nos temas de política internacional. O Brasil deve creditar às suas ONGs a realização do histórico Fórum Global no Aterro do Flamengo durante a Eco92, que se repetirá no ano que vem por ocasião da Rio+20. Nossas ONGs e parceiros nos movimentos sociais criaram o Fórum Social Mundial que teve o mérito de quebrar a hegemonia do neoliberalismo e de inaugurar um novo ciclo político na América Latina. Nossas ONGs pressionaram e conquistaram o direito de serem consultadas nas negociações internacionais do Brasil sobre mudanças climáticas, comércio e integração regional, algo que historicamente foi monopólio do grande empresariado.

Ao incluírem na disputa por políticas públicas nacionais e internacionais os interesses dos que sempre foram excluídos, nossas ONGs contribuem decisivamente para a democratização do Estado brasileiro. Por isso o Brasil precisa de suas ONGs.

Por Fátima Mello, do Núcleo Justiça Ambiental e Direitos da FASE

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social pressiona Governo brasileiro

Brasília (RV) – Concluiu-se na terça-feira, em Brasília, o Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social.
Durante dois dias, foram planejados os projetos para os anos de 2012 a 2014 e analisadas as iniciativas desenvolvidas no ano passado. A Reunião Ampliada do Fórum se realizou no Centro Cultural Missionário (CCM) e recebeu 30 parceiros, representantes dos regionais, além do seu Bispo referencial, Dom Pedro Luiz Stringhini.
Segundo Dom Stringhini, o Fórum Mudanças Climáticas tem atuado de maneira a pressionar os governantes sobre o avanço das mudanças climáticas no país, além de apoiar a parcela da sociedade já atingida por esses fenômenos, que são intensificados pela ação humana.
"O Fórum serve para reflexão de diversos organismos da sociedade civil. Dialoga com o Governo e com o povo. O Fórum, por sua natureza, tem um posicionamento crítico, pois o Governo é atrelado a setores diversos, grandes empresários, de todos os ramos, gente interessada em assuntos particulares. Nós estamos interessados no bem do planeta e na preservação das matas e florestas, na boa aplicação dos recursos e na imediata ação contra as mudanças do clima", afirmou Dom Pedro Stringhini.
O Bispo acrescentou que o Fórum e seus parceiros estão atentos ao movimento de mudança do texto do novo Código Florestal, que está em debate no Senado Federal: "Estamos de olho e pretendemos ajudar, como especialistas em mudanças climáticas. O Fórum olha com perplexidade e lamenta que as sugestões da CNBB tenham sido rejeitadas pelo Congresso na modificação do texto do novo Código Florestal".
O Fórum Mudanças Climáticas faz parte da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e da Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
(CNBB/BF)

sábado, 29 de outubro de 2011

Associado ADECDHD nota 10!

Além de bom filho, bom irmão, excelente pai e avô! é um dos poucos ecologista do município de Rondon do Pará, Dionísio Almeida poeta; artesão; vivendo que nem passarinho, tem dedicado grande parte de seus sessenta e sete anos comemorado neste dia 27/10 ao meio ambiente. Mineiro de nascença adotou nosso município como sua terra de coração e aqui realizou seu sonho de criança "construir e morar numa casa na árvore" é neste ambiente agradável e ambientalmente correto que nos recebeu em seu Sítio para realizarmos a 1ª oficina de reciclagem de papel que contou com apoio da FUNARTE/Misistério da Cultura. Parabéns meu irmão que tu vivas bastante para defender por muitos anos ainda este nosso meio ambiente degradado e carente de seres vivo como você.
(Itamar Silva - diretor geral da ADECDHD)

Antonio Soares - Instrutor da oficina (esquerda) é o pota voz da homenagem de toda a turma a Dionísio Almeida (direita)
Designer arquitetônico e construção do próprio Dionísio
A preservação da natureza é seu maior patrimônio

PROJETO RECICLA BEM É EXECUTADO COM SUCESSO

Na noite do dia 28/10 na conclusão da oficina de reciclagem de papel promovida pela ADECDHD com apoio da FUNARTE os participantes foram presenteados com um coquetel de encerramento, na oportunidade fez-se uma exposição do material produzido; todos os que de tiveram 80 % de frequência receberam o certificado de participação.
Associada da ADECDHD Evanise inspeciona produção da oficina
Papel reciclado e produzido de diversas fibras; a exemplo de bananeira, pó de serra, espada de São Jorge.
Diversos artefatos produzidos durante oficina

O Tutor Antonio Soares participa da entrega de Certificados
Associado da ADECDHD e proprietário do Sítio onde foi realizada a oficina, Dionísio Almeida faz entrega de certificado
A Diretora Administrativa Danieli participa da entrega de certificados
Os professores Ronaldo Silva (a baixo) e Márcia Góes (a cima) da rede pública de ensino tambem entregam certificados aos participantes

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Projeto Recicla Bem

Está acontecendo desde o dia 24/10 a oficina de reciclagem de papel promovida pela ADECDHD com apoio da FUNART/MINISTÉRIO DA CULTURA através do projeto mais cultura Amazônia Legal. Está acontecendo em dois turno; vespertino e noturno no Sítio Aconchego de propriedade do associado Dionísio Almeida, localizado no Bairro Gusmão. O público alvo são jovens de 17 a 29 anos, estudantes da rede pública de ensino e moradores do bairro.








domingo, 23 de outubro de 2011

OFICINA DE RECICLAGEM II

Amanhã dia 24/10 é o grande dia, a ADECDHD com apoio da FUNART/Ministério da Cultura disponibiliza aos rondonenses qualificação em reciclagem de papel e fibras vegetais com a implantação do projeto RECICLA BEM. Agradecemos de coração ao associado Dionísio Almeida por nos ceder o espaço de seu Sítio para realização deste projeto "Sítio Aconchego no Bairro Gusmão". Contamos com mais de 60 (sessenta) jovens de dezessete a vinte e nove anos inscritos nos três turnos que serão disponibilizadas as oficinas.
O Profº Antonio Soares, instrutor da Fundação Curro Velho e do Museu Emílio Guedes já se encontra em nossa cidade para transmitir aos participantes todo seu conhecimento no assunto reciclagem.

sábado, 22 de outubro de 2011

Observatório Pan-Amazônico irá monitorar a floresta em todos os países que lhe fazem casa

Manaus (RV) - De 27 a 29 de outubro, realiza-se, em Manaus (Amazonas), o primeiro Seminário Internacional para a criação de um “Observatório Pan-Amazônico”. Esse encontro é iniciativa do Serviço de Ação, Reflexão e Educação Social e do Centro Social dos jesuítas na região amazônica.

A proposta de um Observatório Pan-Amazônico nasce, em primeiro lugar, da necessidade de colaborar para a resolução das situações de conflito nas quais estão envolvidas as populações locais, as quais sofrem a imposição de modelos de desenvolvimento neoliberal.

A ideia vem ainda da vontade de facilitar a leitura da realidade em colaboração com os movimentos e as entidades sociais que trabalham com os vários problemas que ameaçam a vida na Amazônia. Vê-se a necessidade de intensificar produções alternativas, em harmonia com a política de preservação do planeta e das florestas, que são patrimônio das comunidades e dos povos tradicionais.

A intenção é de que, em cada um dos países amazônicos (Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Guiana Inglesa, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela) haja um Observatório ligado à sede central. Mais informações no site www.sares.org.br . (ED)


terça-feira, 18 de outubro de 2011

OFICINA DE RECICLAGEM

A Coordenação da ADECDHD tomou a decisão de adiar a Oficina de Reciclagem em função da paralização dos professores da rede Estadual de ensino, vez que, grande parte do público alvo do projeto advém desta rede. Contamos com a compreensão dos demais inscritos e com certeza estaremos iniciando a mesma na próxima semana dia 24/10. Contamos com a presença de todos.

(APOIO FUNART/MINISTÉRIO DA CULTURA)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Reciclagem

Para compreendermos a reciclagem, é importante "reciclarmos" o conceito que temos de lixo, deixando de enxergá-lo como uma coisa suja e inútil em sua totalidade.

A reciclagem é um processo industrial que converte o lixo descartado (matéria-prima secundária) em produto semelhante ao inicial ou outro. Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora. A palavra reciclagem foi introduzida ao vocabulário internacional no final da década de 80, quando foi constatado que as fontes de petróleo e outras matérias-primas não renováveis estavam e estão se esgotando. Reciclar significa = Re (repetir) + Cycle (ciclo).

Para compreendermos a reciclagem, é importante "reciclarmos" o conceito que temos de lixo, deixando de enxergá-lo como uma coisa suja e inútil em sua totalidade. O primeiro passo é perceber que o lixo é fonte de riqueza e que para ser reciclado deve ser separado. Ele pode ser separado de diversas maneiras, sendo a mais simples separar o lixo orgânico do inorgânico (lixo molhado/ lixo seco).

Na natureza nada se perde. Seres vivos chamados decompositores "comem" material sem vida ou em decomposição. Eles dividem a matéria para que ela possa ser reciclada e usada de novo. Esse é o chamado material biodegradável. Quando um animal morre, ele é reciclado pela natureza. Quando um material é dividido em pequenas peças, as bactérias e fungos, os mais importantes decompositores, já podem trabalhar.

A decomposição aeróbia é mais completa que a anaeróbia por gerar gás carbônico, vapor de água e os sais minerais, substâncias indispensáveis ao crescimento de todos os vegetais, o qual gera o húmus, ótimo adubo para o solo.

No processo anaeróbio, são gerados os gases (metano e sulfídrico), que causam um odor desagradável; a decomposição anaeróbia produz um líquido escuro denominado chorume (líquido com grande quantidade de poluentes) encontrado normalmente no fundo das latas de lixo. Este chorume é o principal causador da contaminação dos rios e do lençol freático.

(FONTE: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/reciclagem/reciclagem.html)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

+ Cultura - Amazônia Legal


Esta entidade foi premiada com o projeto" RECICLE BEM" do programa Mais Cultura da Funarte /Ministério da Cultura.
A partir do dia 15 de julho a ADECDHD estará implantando o projeto no município de Rondon do Pará.
Escopo do projeto: capacitar 60 jovens de 17 a 29 anos em reciclagem de papel;
Valor do Convênio: R$ 17.664,00

segunda-feira, 13 de junho de 2011

FUNDO AMAZÔNIA aprova projeto de R$ 755 mil para município paraense

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou mais um projeto do Fundo Amazônia, o “SOS Cumaru Norte”. O Fundo destinará R$ 755 mil para a Prefeitura de Cumaru do Norte, no Pará, para apoiar o fortalecimento da gestão ambiental do município, incluído na lista dos maiores desmatadores na Amazônia, de acordo com o Ministério de Meio Ambiente.

O projeto visa fomentar a agricultura sustentável no município, cuja principal atividade econômica é a pecuária, praticada de forma extensiva. Para tal, o município pretende ampliar o viveiro de mudas já existente para permitir sua distribuição aos agricultores da região. O projeto contempla ainda a formação de agentes ambientais, jovens que vivem na região, para auxiliar os produtores do município no processo de recuperação de áreas degradadas em suas propriedades.

Objetiva, também a ampliação da estrutura física e operacional da Secretaria de Meio Ambiente, propiciando condições para o monitoramento e fiscalização das áreas com maior risco de ocorrência de desmatamento. A ampliação da infraestrutura, que ocorrerá em um mesmo espaço físico no qual estão instalados outros órgãos municipais, possibilitará ainda uma maior integração e sinergia das atividades desenvolvidas pela prefeitura.

O conjunto de ações previstas contribuirá para a conscientização ambiental e estimulará a adequação das propriedades rurais à legislação ambiental, com vistas à regularização da cadeia produtiva.

(Fonte: Assessoria do BNDES, 09/06/2011)

Cadê os projetos dos outros municípios da região que se encontram na mesma condição de Cumarú do Norte?

terça-feira, 7 de junho de 2011

Ibama autoriza a instalação da Usina de Belo Monte

O Ibama concedeu à Norte Energia (Nesa) a Licença de Instalação que autoriza a construção da usina hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, próximo a Altamira (PA), com capacidade instalada de 11.233 MW.

O licenciamento foi marcado por uma robusta análise técnica e resultou na incorporação de ganhos socioambientais. Entre eles, a garantia de vazões na Volta Grande do Xingu suficientes para a manutenção dos ecossistemas e dos modos de vida das populações ribeirinhas.

A decisão de construção de apenas um canal de derivação acarretou a redução do volume de escavação em 77 milhões de metros cúbicos, equivalente a 43% do total anteriormente previsto. A título de comparação, destaca-se que esta redução é maior do que todo o volume de escavação feita para a UHE Santo Antônio no rio Madeira.

Outro ganho foi a implementação de ações em saúde, educação, saneamento e segurança pública firmadas em Termos de Compromisso entre a Nesa, prefeituras e governo do Estado do Pará. Somente com o governo do Pará, foi assinado um Termo de Cooperação Técnico-Financeira no valor de R$ 100 milhões a serem aplicados no fortalecimento da segurança pública para atender o potencial aumento da população.

Será implantado 100% de saneamento básico em Altamira e Vitória do Xingu (água, esgoto, drenagem urbana e resíduos sólidos) e garantidas melhores condições de moradia para uma população que hoje mora em área de risco nos igarapés de Altamira, além da definição da faixa em 500 m de área de preservação permanente no entorno dos reservatórios.

O Ibama e a empresa Nesa firmaram ainda Acordo de Cooperação prevendo apoio logístico às ações de fiscalização do instituto na região para controlar os crimes ambientais, como o tráfico de animais silvestres e a exploração ilegal de madeira na região.

Paralelo aos convênios e investimentos previstos, a NESA terá de investir cerca de R$ 100 milhões em unidades de conservação na bacia do rio Xingu a título de compensação ambiental, conforme determina a legislação vigente.

Participação

Para licenciar a usina de Belo Monte, foi demandada dedicação exclusiva de uma equipe de analistas da Diretoria do Licenciamento Ambiental e incorporação de especialistas de outras áreas do instituto, garantindo a qualidade técnica dos pareceres. Ocorreram também seminários técnicos, painel com especialistas em socioeconomia, audiência com o consórcio de prefeituras, em complementação aos procedimentos rotineiros, a exemplo de vistorias de campo. O Ibama manterá uma equipe técnica exclusiva para acompanhar a instalação de Belo Monte e avaliar o cumprimento das condicionantes.

A implantação do empreendimento envolveu apoio do consórcio formado por onze prefeituras dos municípios de influência indireta da UHE Belo Monte e manifestações técnicas favoráveis dos órgãos intervenientes (Funai, ICMBio, Incra, Iphan, Ministério da Saúde, Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento).

A Funai, por exemplo, foi responsável pela análise e acompanhamento dos programas socioambientais voltados às comunidades indígenas e realizou seminário técnico e novas rodadas de reuniões nas aldeias. O ICMBio atuou, juntamente com o Ibama, na definição dos planos de ação para proteção das espécies ameaçadas e na proposição de áreas a serem transformadas em unidades de conservação. Já o Incra vem atuando na regularização fundiária na região do empreendimento.

Antes dessa Licença de Instalação, o Ibama já havia concedido outras duas licenças à empresa: a Prévia, que atestou a viabilidade ambiental do empreendimento na localidade proposta (fevereiro de 2010) e a de Instalação para a construção dos canteiros pioneiros (janeiro de 2011). A usina possuirá dois reservatórios, totalizando 516 Km2 .

Na última vistoria do Ibama, realizada em maio, verificou-se o avanço na preparação da região para receber o empreendimento, evolução do arranjo institucional pré-existente e o atendimento gradativo das exigências anteriormente estabelecidas pela área técnica, o que levou à conclusão desta etapa do processo de licenciamento.

(Fonte: Site da Agencia Nacional de Águas)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

GF CRIA GT PARA EXECUTAR A GESTÃO DA RIO + 20

Nesta terça-feira (7/6), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participa da cerimônia de criação da Comissão Nacional e do Comitê Nacional de Organização da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que será realizada no Brasil em junho de 2012. A solenidade está marcada para as 11h no Salão Oeste do Palácio do Planalto, em Brasília.

O decreto instituindo a Comissão e o Comitê será assinado pela presidenta Dilma Rousseff, e inclui a criação de uma Assessoria Extraordinária, no âmbito do MMA, para a conferência. O evento é reservado a convidados; jornalistas interessados em fazer a cobertura devem se credenciar junto ao Palácio do Planalto.

Além da presidenta Dilma e da ministra Izabella, participam da cerimônia o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o subsecretário-geral do Departamento Econômico e Social da ONU e coordenador da Rio+20, Sha Zukang.

Atribuições - A Comissão Nacional será co-presidida pelos ministros do Meio Ambiente e das Relações Exteriores e deverá promover a interlocução entre os órgãos e entidades federais, estaduais, municipais e da sociedade civil para articular a participação do Brasil na conferência da ONU.

O Comitê, por sua vez, ficará responsável pelo planejamento, organização e execução das medidas logísticas necessárias à realização da Rio+20 - inclusive a gestão de recursos e contratos.

Já a Assessoria Especial será o órgão de assistência direta e imediata à ministra do Meio Ambiente, com atribuição, entre outras, de coordenar a elaboração de estudos que subsidiem a formação das posições brasileiras nos principais temas da conferência, especialmente 'economia verde' e 'governança internacional para o desenvolvimento sustentável'.

(FONTE: ASCOM/MMA)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Famílias receberão pagamento por preservação florestal

Tirar a população da situação de extrema pobreza e proteger o meio ambiente. É isso que o Governo Federal vai fazer com a criação do Programa de Apoio à Conservação Ambiental (Bolsa Verde), iniciativa que vai pagar R$ 300, a cada trimestre, pelos serviços de proteção do meio ambiente. A meta é atender mais de 76 mil famílias, em 2014.

O Bolsa Verde faz parte do Plano Brasil Sem Miséria, lançado nesta quinta-feira (02/06), pela presidenta Dilma Rousseff, em Brasília. Com a meta de retirar 16,2 milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza, com transferência de renda, acesso a serviços públicos, nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica e inclusão produtiva.

Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o Bolsa Verde é o incentivo à conservação dos ecossistemas brasileiros. Além disso, o programa promove a cidadania de quem vive na floresta e melhora a condição de vida dessas famílias que vivem em situação de extrema pobreza. O valor será transferido por meio do cartão do Bolsa Família

Atividades sustentáveis

De acordo com o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Roberto Vizentin do MMA, o Bolsa Verde pretende conciliar a manutenção da floresta em pé com a renda das famílias que protegem o meio ambiente.

"Essa população depende mais da manutenção dos recursos naturais para as necessidades básicas e prover renda. A atividade ilegal resolve temporariamente mas depois acaba e essas pessoas não terão de onde tirar renda. Por isso, é preciso evitar que se acabe com o bem natural", explicou.

Proteção de Áreas de Preservação Permanente, extrativismo com base em boas práticas e pesca com manejo adequado são algumas das atividades de preservação ambiental que serão contempladas pelo Bolsa Verde. O Governo Federal vai definir ainda este mês os serviços ambientais que receberão pagamento do programa.

"O programa é um incentivo para a preservação. Isso não impede de se fazer o roçado, plantar mandioca, milho, desde que seja sustentável", disse Vizentin.

As atividades de proteção ambiental podem ser desenvolvidas em florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável, além de projetos de assentamento florestal, de desenvolvimento sustentável e de assentamentos extrativistas do Incra.

Para participar do Bolsa Verde, é preciso que o responsável pela família beneficiada se cadastre no Programa de Apoio à Conservação Ambiental, mantido pelo Ministério do Meio Ambiente. O Governo Federal vai até as famílias para incluí-las nos programas de erradicação da pobreza extrema.

O comitê do Bolsa Verde terá a participação de membros das três esferas de governo, de movimentos sociais e extrativistas, com a coordenação do MMA. Ainda neste mês, serão criados o cadastro da população que se enquadra no programa e a regulamentação das atividades de proteção ambiental.

Para Vizentin, as experiências do MMA mostram que a participação de movimentos sociais é importante para que o Bolsa Verde chegue ao público do programa.

Os serviços ambientais prestados pelas famílias que vivem na floresta são inúmeros e atinge toda a população. A criação e manutenção de unidades de conservação impediu a emissão de 2,8 bilhões de toneladas de carbono, 9% da água captada de consumo humano são de Unidade de Conservação.

Fonte: MMA/Carlos Américo

quinta-feira, 2 de junho de 2011

MMA inclui sete cidades na lista prioritária de controle do desmate na Amazônia

Brasília (25/05/2011)Dando prosseguimento às ações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, o MMA promete vigiar de perto sete cidades que foram incluídas na lista dos municípios que terão ações prioritárias de prevenção, monitoramente e controle do desmate. São elas: Moju (PA), Grajaú (MA), Boca do Acre (AM), Alto Boa Vista (MT), Tapurah (MT), Claudia (MT) e Santa Carmem (MT).

Quatro municípios são do estado do Mato Grosso que apresentou aumento atípico da taxa de desmatamento (476 Km² nos meses de março e abril de 2011), conforme dados recentes divulgados pelo Deter/Inpe. Para se ter uma noção, a área desmatada em dois meses corresponde a 58 campos de futebol (com as medidas do Maracanã).

Os municípios que entram para lista ficam impedidos de emitir novas autorizações de desmatamento acima de cinco hectares por ano nos imóveis com área superior a quatro módulos fiscais, exceto se o imóvel possuir a certificação do georreferenciamento expedida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Também ficam sujeitos à obrigatoriedade do recadastramento junto ao Incra, sob pena de terem seus cadastros cancelados no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR).

Além disso, os proprietários rurais que desmataram ilegalmente nos últimos meses serão autuados e terão suas áreas embargadas pelo Ibama. Com isso, o imóvel rural entrará no Cadastro de Áreas Embargadas, que fica disponível para consulta na internet, e é utilizado principalmente pelos bancos que, desde julho de 2008, condicionam a aprovação de novos créditos rurais à regularidade ambiental do imóvel rural, segundo a resolução nº 3.545 do Banco Central. Os bancos ainda poderão suspender a liberação das parcelas e até mesmo finalizar antecipadamente o financiamento, caso o proprietário não apresente documento de regularidade ambiental do imóvel rural no prazo de 12 meses da data da autuação.

Estar na lista dos que mais desmatam a floresta também pode afastar empresas e outros investidores que teriam interesse em se instalar nesses municípios, pois, além de não terem garantias de sustentabilidade para seu empreendimento, não querem ter nomes vinculados a uma cadeia produtiva ilegal e destruidora de florestas nativas, como é o caso das indústrias de carne e de grãos que vêm exigindo cada vez mais regularidade ambiental dos seus fornecedores.

Bons exemplos - Constar da lista também deve ser visto como uma oportunidade para criar mudanças, gerar capacidades e novas idéias que substituam o atual padrão de desenvolvimento predatório que leva a exaustão dos sistemas produtivos e que gera degradação ambiental, baixa produtividade e pobreza, por um desenvolvimento economicamente sustentável e ambientalmente correto, capaz de gerar riqueza para a sociedade local, sem comprometer o equilíbrio do meio ambiente e a qualidade de vida das próximas gerações.

"A publicação da lista é um aviso para que a população do município reflita e decida como quer que seu município esteja no futuro. Que seja reconhecido porque aproveitou as oportunidades e avançou para o crescimento verde e duradouro ou porque consumiu os recursos ambientais de forma irracional, gerando uma riqueza momentânea, mas incapaz de se sustentar em longo prazo", destacou Juliana Simões, a gerente de projeto do Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento, do Ministério do Meio Ambiente.

Mudar o modelo de desenvolvimento é possível. Bons exemplos são os municípios de Paragominas, no Pará, e Querência, no Mato Grosso, que foram os primeiros a sair da lista e agora estão com o desmatamento controlado e rumo a um novo modelo de desenvolvimento.

E os municípios não estão sozinhos nessa tarefa. O Governo Federal, em parceria com os governos estaduais e prefeituras municipais, está promovendo a Operação Arco Verde que apóia os municípios da lista na busca da sustentabilidade ambiental, capaz de gerar novas alternativas de desenvolvimento local em termos econômico e social.

Assessoria de Comunicação do Ministério da Defesa
Com informações do MMA
(61) 3312-4070 /4071

Operação Arco Verde encerra capacitação de gestores municipais

Brasília (19/05/2011) - A Operação Arco Verde, programa do Governo Federal que busca oferecer alternativas sustentáveis aos municípios concluiu, em 20 de maio, o programa de capacitação voltado para gestores municipais. Iniciado em março, o curso forneceu subsídios que permitam aos gestores trabalhar na construção de um novo desenvolvimento sustentável para a região amazônica. Ao todo, 150 técnicos municipais e representantes da sociedade civil participaram da iniciativa. O programa é coordenado pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), em parceria com Fundo Nacional do Meio Ambiente.

Para o coordenador-geral de Operações do Sipam, Fernando Campagnoli, a capacitação possibilitou, pela primeira vez, a participação direta dos municípios em discussões envolvendo projetos de fomento da economia local. Muitos desses projetos, desenvolvidos durante o curso, deverão ser financiados pelo Fundo do Meio Ambiente e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). “Serão selecionadas aquelas propostas que tiverem capacidade de impactar positivamente a vida das populações locais na geração de trabalho e renda”, afirma Campagnoli.

Segundo Lair Cristiano Heinen, biólogo e membro da sociedade civil de Porto dos Gaúchos (MT), os conhecimentos adquiridos ao longo do curso serão fundamentais para melhorar a atuação dos gestores, além de permitir ampliar a visão relacionada às questões ambientais e de sustentabilidade. Ele explica que um grupo de trabalho foi criado para agilizar o andamento das ações relacionadas ao financiamento de projetos. A equipe também vai discutir metas que contribuam efetivamente para que as localidades possam reduzir o desmatamento na Amazônia.

A assessora do Sipam Shirley Santos, que participou do programa nos polos de Altamira (PA), Porto Velho (RO), Alta Floresta (MT) e Marabá (PA), ressalta que “a capacitação potencializa a agenda de prevenção e controle ao desmatamento e que os participantes puderam elaborar ainda esboços de projetos para, posteriormente, serem apresentados aos órgãos de financiamento”.

Durante o curso foram trabalhados cinco módulos: “Floresta em pé – conservação e uso dos recursos naturais como instrumento para o desenvolvimento sustentável”; “Planejamento territorial”; “Institucionalização da gestão do território: construção dos instrumentos da política ambiental municipal e CAR”; “Licenciamento como instrumento de gestão e Sustentabilidade Financeira da Política Municipal de Meio Ambiente”.

Confira, abaixo, a relação dos municípios que participaram do programa de capacitação:

Estado do Mato Grosso

Polo Juína: Juína, Cotriguaçu, Colniza, Brasnorte, Aripuanã, Porto dos Gaúchos e Juara;
Polo Alta Floresta: Alta Floresta, Nova Bandeirantes, Paranaíta, Marcelândia, Nova Maringá, Peixoto de Azevedo, Feliz natal e Nova Ubiratan;Pólo Confresa: Confresa, Vila Rica, São Félix do Araguaia, Querência e Gaucha do Norte.

Estado do Pará e Maranhão

Polo Marabá: Marabá, Itupiranga, Novo Repartimento, Dom Eliseu, Rondon do Pará, Ulianópolis, Paragominas, Tailândia e Amarante do Maranhão;

Polo Altamira: Altamira, Pacajá, Brasil Novo e Novo Progresso;
Polo Cumaru do Norte: Santana do Araguaia, Cumaru do Norte, São Félix do Xingu e Santa Maria das Barreiras.

Estados de Rondônia, Amazonas e Roraima

Polo Porto Velho: Porto Velho, Nova Mamoré, Pimenta Bueno, Machadinho D'Oeste, Lábrea/AM e Mucajaí/RR

Texto: Leonice Leal
Fotos: arquivo Sipam
Assessoria de Comunicação Social
Ministério da Defesa
(61) 3312-4070/71

terça-feira, 17 de maio de 2011

O MMA CONCLUI CURSO PARA TÉCNICOS DA REGIÃO

Concluído o 5º módulos do Curso "200 horas" no dia 13/05/11, proporcionado pelo Ministério do Meio Ambiente com apoio do SIPAM - Serviço de Proteção da Amazônia para os municípios participantes da Operação Arco Verde. Estes Técnicos estão capacitados a elaborar projetos para captação de recursos e executar a gestão ambiental sustentável na Amazônia. O Pólo de Marabá composto por 9 municípios dos quais 7 concluíram a capacitação (Marabá, Rondon do Pará, Itupiranga, Dom Elizeu, Ulianópolis, Paragominas e Amarante/MA).

sexta-feira, 8 de abril de 2011

III Modulo do Curso de Gestão Ambiental para Municípios da Operação Arco Verde - OAV do MMA

Este módulo teve inicio dia 04 e encerra hoje dia 08/04/11 está sendo abordado os Instrumentos de Gestão e Arrecadação para o Desenvolvimento da Sustentabilidade Local, através do Consultor em Meio Ambiente Dr. Enderson Marinho e Dra. Itala Benevides além da participação do Governo do Estado do Pará, através da Iolene Azevedo - Geógrafa representando a SEMA.


a esquerda Dr. Enderson consultor em meio ambiente
a esquerda Felipe Gallo - Coordenador de MA da Secretária M. de Meio Ambiente de Paragominas, fala da experiência exitosa do Município para sair do bloqueio feito pelo MMA
Iolene Azevedo expõe os marcos legais que dispõe o Estado do Pará em relação ao Meio Ambiente, entre eles o Cadastramento Ambiental Rural - CAR
Participantes do curso representando os municípos de Amarante-MA, Itupiranga e Rondon do Pará/PA.
no total 09 Municípios participam do treinamento no Pólo de Marabá além de diversos Orgãos Estaduais dos estados do Pará e Maranhão

sábado, 2 de abril de 2011

Representante do governo Dilma garante que será criada comissão para discutir novo marco regulatório das OSCs

Durante a Consulta Nacional do Fórum Aberto para a efetividade do desenvolvimento das Organizações da Sociedade Civil (OSCs), realizado pela ABONG em São Paulo, nos dias 21 e 22 de março, a chefe de gabinete da Secretaria Geral da Presidência da República, Maria Victoria Hernandez, afirmou que será criada uma comissão do governo federal, com a participação de diversos ministérios e de entidades da sociedade civil, para discutir e elaborar uma proposta de um novo marco regulatório para as OSCs, uma bandeira histórica da ABONG e de suas associadas.

Em 2010, uma série de articulações, redes, movimentos e organizações, entre elas a ABONG, apresentaram aos candidatos e candidatas à presidência da República uma Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as Organizações da Sociedade Civil. O documento reivindicava uma política de Estado com instrumentos e mecanismos que assegurem a autonomia política e financeira das OSCs para o fomento à participação cidadã, no sentido de contribuir para a radicalização da democracia e a revitalização de processos contemplando instrumentos deliberativos e de controle social.

A presidenta Dilma Russef respondeu à iniciativa, comprometendo-se a criar um grupo de trabalho, sob liderança da Secretaria da Presidência da República, com forte envolvimento da Casa Civil, com o objetivo de elaborar, no prazo máximo de um ano, uma proposta de legislação. Passados três meses da posse da nova presidenta, essa instância ainda não foi criada, o que preocupa as organizações envolvidas com essa luta.

Entretanto, de acordo com a representante da Secretaria Geral da Presidência da República, o marco regulatório das OSCs é uma prioridade do governo Dilmae a comissão será criada. “Temos também uma questão que é de longo prazo: pensar uma política de fomento, algo maior do que o marco, que não fique ao sabor dos governos”, acrescentou Maria Victoria.

Plataforma
“Nos últimos 20 anos, quase toda mudança complicou a vida das entidades”, afirma Silvio Sant´Ana, presidente da Fundação Esquel. Segundo ele, ocorreu um processo de crescente burocratização e de super regulação do trabalho das OSCs, que precisa ser simplificado. A criminalização das ONGs e o clima generalizado de hostilidade e descrédito em relação a elas também contribuem para dificultar ainda mais a atuação dessas entidades.

Por isso, a agenda da Plataforma está centrada em três pontos: no estímulo ao envolvimento da cidadania com as causas públicas, criando um ambiente favorável para a autonomia e fortalecimento das OSCs; na criação de mecanismos que viabilizem o acesso democrático aos recursos públicos e que permitam a operacionalização desburocratizada e eficiente das ações de interesse público; e em um regime tributário apropriado e favorecido para as OSCs, incluindo a criação e aprimoramento de incentivos fiscais para doações de pessoas físicas e jurídicas.

“Entendemos que o ambiente facilitador que incentive o engajamento cidadão em causas de interesse publico depende muito de um Estado e de uma democracia que reconheça o papel da sociedade civil não como correia de transmissão de políticas ou oferta precária e barata de serviços, mas como atores autônomos, cujo papel é incentivar o debate ampliado de políticas, acompanhá-las e avaliá-las”, defendeu Vera Masagão, diretora executiva da ABONG. Segundo ela, o engajamento cidadão em causas públicas é um bem público que a sociedade deve incentivar e promover. “Por isso, somos organizações que legitimamente podemos acessar recursos públicos geridos pelo Estado e da sociedade que reconheçam este engajamento social como um bem para a sociedade e para a democracia” completou.

Para saber mais: www.forummarcoregulatorio.org.br

quarta-feira, 16 de março de 2011

SETE SEMANAS PELA ÁGUA", UM RECURSO DE TODOS

◊ Cidade do Vaticano, 15 mar (RV) - Que gestos podemos fazer, na prática, para que a água e a distribuição dos recursos hídricos sejam acessíveis a todos os seres humanos?
É o teor da campanha “Sete semanas pela água: água, conflito, justiça e paz” (Seven weeks for water: water, conflict and just peace), promovida pela Rede Ecumênica pela Água, organismo que representa comunidades cristãs e ONGs, coordenada pelo Conselho Ecumênico das Igrejas.
A iniciativa coincide com o período da Quaresma. “Tradicionalmente, o tempo que precede à Paixão - explica a responsável da rede, Maike Gorsboth – se destina à reflexão sobre o que é necessário para a vida. Por este motivo, promovemos a quarta edição das “Sete Semanas pela Água”, à luz do encontro ecumênico internacional pela paz a se realizar em maio na capital jamaicana, Kingston. Por sete semanas, encorajaremos os fiéis a se engajarem como promotores destes direitos em todas as sedes internacionais”.
A primeira semana foi dedicada ao tema “terra e água”. De agora até o dia 24 de abril, serão debatidas questões como os conflitos ligados ao livre uso dos recursos hídricos e energéticos, de modo especial no Oriente Médio. Sete dias de reflexões serão dedicados às mulheres e à violência.
Segundo estimativas, mais de 900 milhões de pessoas no mundo não têm acesso à exploração dos recursos hídricos, e isto se deve à escassez de recursos e à exploração sem regras.
Entre as principais causas de mal-estar social e confrontos, está o uso da água – e de outros recursos naturais - feito de maneira insustentável, além do aumento da tendência de dar a empresas privadas a licença para explorarem e administrarem os recursos naturais de um país, que pertencem ao povo.
De acordo com a Rede Ecumênica, é cada vez mais evidente que a água está sendo considerada antes um bem comercial que um recurso de todos e, portanto, é cada vez mais freqüente que, onde foram feitos projetos de privatização, o acesso à água fique cada vez mais escasso para os mais pobres. (CM/ED)

terça-feira, 8 de março de 2011

I Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social

Na última sexta-feira (25/02), a Comissão Organizadora Nacional da primeira Conferência Nacional sobre Transparência e Participação Social (Consocial ) se reuniu, pela primeira vez, para discutir o regimento interno da conferência. Resultado de uma moção em 2009 de inúmeras entidades da sociedade civil, no marco da luta pelo controle social dos recursos públicos e contra a corrupção, a Conferência está sendo está sendo organizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), com o apoio da Secretaria Geral da Presidência.

Foram convidados 40 setores do governo e entidades e redes da sociedade civil para a Comissão Organizadora Nacional, entre elas o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União, o Movimento de Combate à Corrupção (MCCE), A Voz do Cidadão, o Instituto Ethos, a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), a Transparência Brasil e a ABONG.

Para deixar mais claros seus objetivos, discutiu-se sobre a mudança do nome da Consocial. Por fim, foi decidido que passaria a se chamar Conferência Nacional sobre Transparência Pública, Participação e Controle Social. Os debates giraram em torno a não restringir o foco apenas a controle dos recursos públicos, falou-se em controle da gestão pública, mas ao mesmo tempo ficar claro que é deste controle social que se trata (em vistas de evitar e combater a corrupção).

Em função dos prazos, que originalmente estavam muito curtos, estendeu-se para maio de 2012 a realização da conferência (de 18 a 20 de maio). Durante este ano e no início do próximo, ocorrerão as etapas municipais e estaduais. A próxima reunião foi marcada para o dia 29 de março.

A 1ª Consocial deverá estimular os órgãos públicos a implementar mecanismos de transparência e acesso à informação pública; debater e propor formas de sensibilização, mobilização e capacitação da sociedade em prol da participação e acompanhamento da gestão pública, que utilizem inclusive ferramentas e tecnologias de informação; e desenvolver e fortalecer redes de interação dos diversos atores envolvidos nessas atividades.

Para mais informações sobre a Consocial, acesse www.cgu.gov.br/eventos .

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Concentração fundiária e de meios de comunicação são apontadas como principais causas da desigualdade

A concentração fundiária e de meios de comunicação foram apontadas como as principais causas das desigualdades sociais por associações de ONGs de diversos países durante atividade do FIP (Fórum Internacional de Plataformas Nacionais de ONGs), realizada no último dia 9, durante o Fórum Social Mundial de Dacar, no Senegal.

O seminário “Luta conta desigualdades sociais e exclusão”, proposto pela ACCIÓN (plataforma nacional de ONGs do Chile), reuniu a ABONG e as plataformas nacionais da Bolívia (UNITAS) e da Guatemala (CONGCOOP), além de uma plataforma de mulheres agricultoras da região da Casamance, no Senegal, para discutir e apontar similaridades entre a exclusão social vivenciada nos continentes latinoamericano e africano.

De acordo com os participantes, a concentração da propriedade fundiária e a concentração dos meios de comunicação nas mãos de pequenos grupos são responsáveis por boa parte das demais formas de exclusão social, porque prejudicam a segurança alimentar da maioria da população e a impede de ter voz no debate publico.

Particularidades

A representante da ABONG no encontro, Vera Masagão (diretora executiva da Associação), apontou quatro pontos que reforçam a desigualdade no Brasil: a concentração da terra e o modelo agrícola do agronegócio e da mineração; a dívida interna entre os Estados e união; a desigualdade educacional e a baixa qualidade do ensino público; e por fim, a concentração dos meios de comunicação.

Na sequência, Helmut Vega, representante da UNITAS, destacou, além da situação vivenciada por todos os países no campo e na comunicação, a exclusão étnica que existe na Bolívia. De acordo com Vega, a população indígena de seu país está privada do direito à cidadania por conta da dificuldade de obter documentação, entre outras questões ligadas ao preconceito.

Outro ponto destacado na reunião foi a desigualdade de gênero, evidenciada na fala da representante senegalesa. Num apelo enérgico, Ndeye Sallé Balde, em nome das mulheres agricultoras de Casamance, pediu que para que as mulheres no Senegal tenham direito a se candidatar nos conselhos locais, ganhando assim representação política, fundamental ao exercício da cidadania e à efetivação dos demais direitos.

Ndeye ressaltou ainda a luta das mulheres para terem igualdade no acesso à terra. De acordo com a legislação atual do Senegal, uma mulher não pode ter propriedades agrícolas em seu nome. Mesmo em caso de herança, a terra vai para o marido ou para algum membro da família do sexo masculino.

Para Vera Masagão, o encontro foi importante para apontar diversas convergências entre as lutas por igualdade e pelo fim da exclusão nos dois continentes. “É importante o exemplo da América Latina, onde existe um discurso que se tenta colocar às vezes para a África de que é preciso fazer crescer o bolo para depois dividir. A experiência latinoamericana mostra não. Que é preciso haver um desenvolvimento econômico sempre pautado na justiça social, na sustentabilidade ambiental e na igualdade

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

COOMIC realiza AGO e AGE

Com a participação de aproximadamente 1.000 cooperados a COOMIC - Cooperativa Mista dos Garimpeiros da Cutia realizou Assembleias Ordinária e Extraordinária no dia 13 do corrente, onde foram apresentados e aprovados diversos assuntos como: prestação de conta; exclusão da diretoria do diretor Administrativo adjunto e do Diretor Financeiro; alteração no estatuto social; plano de desenvolvimento e ação para o ano de 2011. Nas fotos a baixo temos uma visão geral do que já foi uma exploração mineral manual no garimpo da Cutia, em breve estaremos explorando mecanicamente esta área rica em Ouro e vários outros minerais. Ficou para o dia 03 de abril a apreciação pela Assembleia Geral das propostas de parceria para exploração mineral.

Presidente Raimundinho
Cooperados atentos na Assembleia Geral
Diretores e convidados discursa para Assembleia
Usina desativada
Área de antiga exploração manual
Cooperados de Rondon do Pará faz reconhecimento de área de exploração da Coomic