segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Projeto pedagógico sobre manejo florestal é implantado no Pará


Iniciam nesta segunda-feira (21), em Santarém, no oeste do estado, as oficinas de formação do projeto Florestabilidade – uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho e do Fundo Vale, com apoio do Serviço Florestal Brasileiro. Cerca de mil professores paraenses devem participar das oficinas de formação do projeto, que ocorrerá entre janeiro e março deste ano.
Durante os encontros, serão apresentados recursos pedagógicos e metodologias para levar a temática do manejo florestal os educadores vinculados à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e seus alunos.
O Florestabilidade é um projeto de educação que tem o objetivo de despertar em jovens a missão de se tornarem gestores da maior floresta tropical do planeta, a floresta amazônica.
“O projeto nasceu da necessidade de propagar os valores econômicos, sociais e ambientais do manejo florestal. O escopo do programa é amplo e aborda as três principais utilizações da floresta: como bem de produção, como meio de vida e como serviço ambiental”, explica Andrea Margit, gerente de Meio Ambiente da Fundação Roberto Marinho.
Lançado em novembro do ano passado em Belém, o projeto já qualificou 100 técnicos de extensão rural – vinculados à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater-PA) – para difundir seus conhecimentos sobre manejo nas comunidades em que atuam. Agora, as ações se voltam para os educadores.
Ao todo, 27 oficinas de formação de professores serão oferecidas no Pará, em oito polos: Santarém, Itaituba, Altamira, Paragominas, Tailândia, Marabá, Breves e Belém.
“Em um estado da região amazônica que está trabalhando a questão dos municípios verdes, cujo objetivo é alcançar uma economia mais forte e sustentável, revertendo um quadro de devastação, trabalhar a questão das florestas a partir da educação é fundamental. Trata-se, também, de sistematizar um conhecimento empírico que esses jovens já têm, contribuindo para formar uma geração que valorize muito mais o exercício de uma consciência socioambiental responsável para a região e para o país”, afirma o secretário de estado de Educação do Pará, Cláudio Cavalcanti Ribeiro.
Oficinas – A formação dos professores consiste em 16 horas de atividades para vivenciar a metodologia da TelessalaTM, desenvolvida pela Fundação Roberto Marinho e utilizada no projeto. Nos encontros, serão apresentados conteúdos relacionados ao manejo de produtos madeireiros, não madeireiros e serviços ambientais.
Cada uma das oficinas terá em média 35 participantes e será conduzida por dois formadores. Na hora de levar o conteúdo às escolas, os professores serão acompanhados por tutores, que poderão auxiliá-los em caso de dúvidas.
No Pará, o projeto é implementado com apoio do Governo do Estado, principalmente pela Seduc e a Emater-PA, e em parceria com o Instituto Internacional de Educação do Brasil – IEB.
Metodologia – Utilizando como base uma metodologia pedagógica aprimorada pela Fundação Roberto Marinho ao longo de mais de duas décadas, o Florestabilidade conta com recursos pedagógicos que incluem 15 programas de televisão (15min cada), 15 programas de rádio (2min30 cada), dois livros para os mediadores (com conteúdo sobre manejo florestal e sugestões de planos de aula), o jogo Florestabilidade e um website interativo – que vai conectar os participantes do projeto com oportunidades de estudos e de trabalho em manejo florestal. Todo o material pedagógico está disponível, gratuitamente, no site do projeto: www.florestabilidade.org.br
Diversos especialistas e instituições dedicadas ao tema contribuíram com o desenvolvimento do material pedagógico, dentre eles o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), o Instituto Floresta Tropical (IFT), o Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), o Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e o IEB (Instituto Internacional de Educação do Brasil).
 (Fonte: G1)

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