quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Semiárido baiano é contemplado com projeto pioneiro de agricultura periurbana

Além de garantir segurança alimentar, as ações incentivam o protagonismo das famílias e o fortalecimento das organizações sociais.

Os municípios baianos de Central, Irecê, Lapão e Uibaí estão sendo beneficiados com iniciativas pioneiras voltadas à redução da pobreza e garantia de segurança alimentar. Com o projeto, intitulado Cidades Sustentáveis, 146 famílias de baixa renda já contam com canteiros para produção alimentos. A ação é desenvolvida desde o mês de março pelo Centro de Assessoria do Assuruá (CAA), com apoio da União Européia (UE).
Na próxima terça-feira (10), o projeto será apresentado no município de Uibaí (a 507 km de Salvador). A atividade acontece com participação de representantes da comunidade e do poder público. Por lá, 62 residências tiveram seus canteiros implantados, com envolvimento direto dos moradores. A alegria é visível no rosto das famílias, que em seus próprios quintais produzem diversas hortaliças.
Também no município de Uibaí, através do Cidades Sustentáveis, a comunidade tem acessado outros direitos básicos. Numa articulação com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), mantido pela prefeitura de Governo Federal, o sistema de abastecimento de água será ampliado nos próximos dias, a fim de melhorar as condições do plantio. Outras 15 famílias serão contempladas nos próximos meses. O próximo passo é o aproveitamento da produção na merenda escolar, iniciativa que garantirá aumento na renda dos agricultores, um dos eixos estratégicos do projeto.
O baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios foi o critério principal para implantação do projeto. Ao serem atendidas, as famílias participam de uma série de atividades, voltadas à melhoria da qualidade de vida e organização social. São realizadas oficinas sobre agroecologia, segurança alimentar e questões de gênero. “Trata-se de um trabalho pioneiro no semiárido baiano. No interior do estado não se tinha conhecimento de uma ação desta natureza, desenvolvida no âmbito da agricultura periurbana, ou seja, entre comunidades urbanas e rurais”, considerou Paula Ferreira, coordenadora do projeto.
A população também se organiza em comissões municipais e participa de reuniões para discutir assuntos voltados à sustentabilidade do projeto e ao controle social. Nos próximos meses, acontecem encontros nas Câmaras Municipais dos quatro municípios que fazem parte do projeto, para discutir os impactos e perspectivas do Cidades Sustentáveis. Estarão presentes membros de entidades da sociedade civil, vereadores, Poder Executivo, entre outros.

(Fonte: Abong)

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